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Moscow mule: nosso “drinque da canequinha”
Moscow mule: nosso “drinque da canequinha”
09 JAN 2019
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#Gastronomia

Era final da década de 30 em Paris, a marca de vodka Smirnoff estava quase em falência, foi quando, em 1941, que John G. Martin, um alto executivo da área de bebidas fez uma oferta de 14 mil dólares.  Ele ficou alguns anos com a marca parada, até que um dia, enquanto visitava o bar de seu amigo Jack Morgan em Los Angeles, teve uma brilhante ideia.

Jack era dono de uma cervejaria e estava com um estoque encalhado de Ginger Beer, ele logo pensou: minha vodka e sua cerveja estão encalhadas? Pois vamos misturar as duas e criar um coquetel! Dessa ideia saiu a primeira versão do Moscow Mule: adicionando um toque de limão.

Por coincidências do destino, a namorada de Jack Morgan, havia herdado uma fábrica de produtos de cobre e resolveu entrar junto no negócio, oferecendo suas canecas. John Martin tinha ótimo relacionamento com outras grandes empresas americanas e tinha acabado de ganhar uma Polaroid! Ele então começou a ir nos bares da cidade oferecendo a seguinte proposta aos bartenders: ele os ensinaria a fazer um coquetel novo, que utilizava vodka (dele), cerveja de gengibre (do amigo Jack) e limão, e que deveria obrigatoriamente ser servido numa caneca de cobre (da namorada de Jack).

Ao terminar de ensinar a receita, ele prontamente pedia para tirar uma foto do bartender com a caneca na mão e o mesmo, ao ver a foto sair de dentro da máquina como num passe de mágica, logicamente ficava deslumbrado. Era nesse momento que John fazia a proposta: “Eu lhe dou essa foto agora, para você mostrar para seus amigos e familiares, desde que eu possa ficar com uma pra mim”.

Com essas fotos em mãos John percorreu todos os bares da cidade. Foi assim que conseguiu popularizar o Moscow Mule, associando a imagem da caneca de cobre ao coquetel e, consequentemente, aos ingredientes que eles vendiam dentro dele. A dúvida agora é: “mas e a espuminha?”.

A “espuminha” do Moscow Mule foi criada há poucos anos pelo mixologista brasileiro Marcelo Serrano. Em vez de usar a cerveja de gengibre, ainda rara no Brasil, ele criou uma espuma de gengibre caseira, servida em sifão de chantilly.  A receita de Marcelo, que hoje serve de base para a maioria dos Moscow Mules brasileiros.

Alguns dizem que a origem do nome Moscow Mule vem do simples fato de que depois do terceiro ou quarto drink, você deve tomar cuidado com o “coice da mula”! O nosso clássico Moscow Mule é feito à base de vodka, suco de limão, tônica e espuma de gengibre com cardamomo. Venha experimentar!

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