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O poder da civilização Maia
O poder da civilização Maia
10 OUT 2017
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#Cultura

A cultura Maia é tão vasta que a maioria de suas criações ainda não foram compreendidas pelo homem moderno. Os Maias não eram um único povo, e sim a junção de várias etnias que tinham a mesma cultura linguística e habitacional. Sua organização política era independente, cada um com seu desenvolvimento próprio. Ainda hoje as cidades grandiosas e criações esplêndidas são um mistério a ser desvendado.

 

 As cidades

O povo Maia foi a mais antiga civilização da era pré-colombiana que se tem história. A população se expandiu para cerca de 40 cidades, incluindo Tikal, Uaxactún, Copán, Bonampak, Dos Pilas, Calakmul, Palenque e Río Bec; cada cidade tinha uma população de entre 5.000 e 50.000 pessoas. Os Maias eram profundamente religiosos, adoravam deuses: do sol, da lua, da chuva e do milho. Nas vestimentas, utilizavam muitas cores, adereços na cabeça com penas e colares feitos de sementes. Pintavam seus corpos para marcar sua identidade, andavam com espadas e objetos cortantes para defesa caso fossem surpreendidos por inimigos. Caçavam, plantavam e distribuíam os alimentos para a população. A maioria dos Maias tinha sobrepeso.

 

Idioma, escrita e números

Como a população era muito grande e possuía suas próprias regras, os idiomas também eram vastos. Ainda não existe uma classificação do idioma utilizado por eles. Acredita-se que os Maias criaram o próprio idioma, algo jamais encontrado em qualquer parte do México. Na escrita, existem mais de 800 signos diferentes, em forma de figuras e ideogramas. Os maias também escreveram livros, e alguns exemplares deles podem ser encontrados em museus em Dresden, Madrid e Paris. Esses livros são chamados de códices. A matemática também foi algo muito forte na cultura Maia. Foram os inventores do conceito de abstração matemática. Criaram um número equivalente ao zero e nossos calendários são baseados no calendário dos Maias. Com sua aritmética, os Maias faziam cálculos astronômicos de notável exatidão. Conheciam os movimentos do Sol, da Lua, de Vênus e provavelmente de outros astros. Criaram também um sistema de numeração de base 20 simbolizado por pontos e barras. Os astrônomos Maias determinaram o ano solar de 365 dias com o ano bissexto a cada quatro anos. Através de dois calendários sobrepostos (o sagrado com 260 dias e o laico com 365 dias) criaram um calendário circular que situava os acontecimentos em ordem cronológica.

 

 Arquitetura

Os templos eram feitos de forma retangular e construídos com pirâmides truncadas, com escadas laterais. Pedras-sabão eram o principal material de construção, que combinava com a arquitetura e decoração em relevo. Um observatório astronômico chamado caracol tinha seteiras voltadas para Vênus, Marte, Júpiter, a estrela Sírio e a Lua. Havia também o Castelo, que era uma pirâmide com quatro escadas centrais, cada uma com 90 degraus, e mais cinco degraus que levavam até o templo, o que somava 365 degraus. Isso demonstrava a preocupação com o calendário solar.

 

 Organização política e econômica

Cada cidade-estado era governada por um chefe (halch uinic), que era assistido por um conselho que incluía os principais chefes e sacerdotes. Dentre os chefes se destacavam o Batab, civil, e Nacom, militar. A classe sacerdotal conhecida por Akhim se dividia em dois grupos. O primeiro velava o culto e o segundo se entregava às artes e ciências. O povo se empregava com a agricultura e com a construção das obras públicas. Os escravos eram os prisioneiros de guerra ou infratores do direito comum até pagar pelo seu crime. O halach ainic (homem verdadeiro) era o chefe político supremo, com todas as decisões e hierarquias. O cargo era hereditário. A sociedade Maia estava dividida em classes: a nobreza, almehenoob, a qual pertence o sacerdote, governantes, chefes guerreiros e comerciantes; o oh chembal unicoob, em que se incluíam artesãos, trabalhadores e escravos; e o pentacoob, parte da população destinada principalmente ao sacrifício, em que se encontravam pessoas de outras tribos, ou que haviam cometido um crime. Para os maias não existia escravidão, e sim o sacrifício, seja para os deuses ou como forma de punição.

 

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-geral/civilizacao-maia

 

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